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Setembro Amarelo: como sua MARCA pode ajudar a prevenir o suicídio.

Setembro Amarelo: como sua MARCA pode ajudar a prevenir o suicídio.
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O que é o Setembro Amarelo e por que ele importa

O Setembro Amarelo teve origem a partir de um gesto simbólico nos Estados Unidos, em 1994. Mike Emme, um jovem de 17 anos com fortes habilidades mecânicas, cometeu suicídio. Ele havia restaurado um Mustang 1968 e pintado-o de amarelo, cor que passou a representar sua memória. Em seu funeral, amigos e familiares distribuíram cartões e fitas amarelas com a frase “Se precisar, peça ajuda”, ação que plantou a semente de um movimento de conscientização, a Fita Amarela (Yellow Ribbon). Com o tempo, esse símbolo se espalhou internacionalmente como uma forma de promover diálogo e apoio à saúde mental. 

No Brasil, o movimento ganhou força em 2015, quando o CVV (Centro de Valorização da Vida), a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) formalizaram a campanha Setembro Amarelo, alinhando-a ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, que ocorre em 10 de setembro. Desde então, a campanha ocorre anualmente durante todo o mês, com ações de conscientização, educação e prevenção em todo o país. 


O papel das MARCAS na conscientização, e o risco da superficialidade

Algumas empresas veem o Setembro Amarelo apenas como obrigação social ou oportunidade de mostrar “responsabilidade corporativa”. Outras abraçam a causa com profundidade.

É importante distinguir ações legítimas de branding social de ações superficiais, que só servem para “parecer bem”.

Segundo algumas análises críticas, incluindo a matéria “Yellow September: Prevention or Commercialization?”, é comum observar que a campanha pode se tornar “comercial”, reduzindo a seriedade do tema a frases vazias em redes sociais, celebridades posando com fitas amarelas e nada mais em termos de cuidado real com a saúde mental.

Branding com propósito exige autenticidade: é preciso ir além da cor, do banner ou da imagem de perfil, oferece ações tangíveis, apoio real, informação educativa e canais de acolhimento.


Branding estratégico aplicado ao Setembro Amarelo

Construção de propósito genuíno: Marcas que se conectam de verdade com causas sociais demonstram que valores não são só promessa, mas prática. Uma mensagem bem executada cria vínculo emocional com público e gera reputação positiva.

Comunicação responsável e sensível: Evite linguagem sensacionalista ou culpabilizadora. Use comunicação humanizada, com foco no acolhimento e em informações úteis. Por exemplo, sempre inclua o número do CVV (188) e links para apoio psicológico.

Ações estruturais e contínuas: Branding de verdade é consistente. Em vez de uma ação pontual, estruturá-la dentro de um plano de ação com múltiplas frentes (educação, suporte emocional, diálogo interno e externo) gera transformação real.

Engajamento visceral via cultura de MARCA: Use o Setembro Amarelo como catalisador para criar uma cultura que valorize a vida e o bem-estar. Campanhas internas, espaços de escuta, treinamentos, treinamentos de gestores sobre sinais de alerta, cuidados com saúde mental e presença em campanhas públicas.

Exemplo prático: o CBMMG (Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais) lançou campanha de prevenção ao suicídio com o slogan “pedir ajuda é ato de coragem”, audiências públicas, treinamento em gestão de tentativa de suicídio e plano de atenção contínua. Outro exemplo é a Siegwerk Brasil, que promoveu uma “Solidarity Library” e ações de bem-estar emocional junto às equipes.


Box: O que sua marca pode aprender com o Setembro Amarelo

Insight de Branding Social O que sua marca pode fazer
Propósito com empatia Comunique com sensibilidade, escuta real e respeito pela vida.
Ir além da cor Integre formato visual com ações, conteúdos e suporte.
Ações contínuas geram credibilidade Transforme a campanha em diálogo permanente, não eventuais.
Cultura interna como base Fortaleça o ambiente de trabalho com consciência emocional.
Posicionamento de marca ético Valorize vidas — e sua marca será percebida como humana.

Fontes e referências


Conclusão

Setembro Amarelo é um chamado que vai além da cor; é uma oportunidade poderosa de integrar propósito humano ao branding da sua marca. Quem age com responsabilidade, empatia e estratégia emocional não apenas comunica, inspira.